CURIOSIDADE: TIRADENTES E A ODONTOLOGIA.
Joaquim José Silvério dos Reis “ O Tiradentes”. A partir dos 11 anos de idade, quando órfão de pai e mãe, é adotado por seu padrinho, Sebastião Ferreira Leitão, que lhe dá os primeiros ensinamentos odontológicos.
Na época a profissão era exercida por barbeiros e sangradores que “arrancavam” os dentes, praticavam um pouco de medicina e colocavam pr´tese rudimentares.
Como a anestesia só apareceu em 1844, costumava-se em certos lugares, dar uma ou mais doses de cachaça aos pacientes, que mesmo atordoados, ainda gemiam, obrigando o dentista a agir com rapidez.
Os instrumentos eram simples, poucas pinças e alavancas, sendo a “chave de garengiot”, utilizada para extração de dentes, a peça mais sofisticada. A higiene era precária, consistindo em água e sabão, álcool e solução fenólicas.
Diziam na época que o dentista precisava ser jovem de espírito e com muita coragem, ou “tivesse coração piedoso e mão cruel”, segundo um sábio francês.
A colocação de uma peça ou mais dentes ausentes, era feita de marfim ou de osso de canela de boi, esculpida em um só bloco. Algumas vezes, os dentes eram esculpidos em marfim e presos em base de ouro ou de prata. É provável que Tiradentes tenha realizado algum desses trabalhos, mas há pouca informação a respeito. É afastada a hipótese do uso de dentes de cadáveres, pois a religião católica não permitia a profanação dos mortos.
Tiradentes faleceu no dia 21 de abril de 1792
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